terça-feira, 29 de setembro de 2015

Mudando o rumo

Cansada de tanto remédio que não me ajuda em nada. Cansada de ficar triste e chorar enquanto tanta coisa boa acontece a minha volta. Cansada de construir minha vida sobre a dor. Agora a coisa mudou!
Encontrei um terapeuta/couching que pensa na mesma linha que eu. O problema é que nunca tive coragem talvez de ir sozinha atrás do que eu pensava. Agora é diferente.
Parei de tomar os remédios, aguentando firme os efeitos da abstinência. Nos primeiros dia foi difícil mas agora me sinto melhor. É bom saber que estou livre da química dos remédios.
Mas enfim, a dor passou magicamente? Não. Infelizmente não. O que passou foi meu coitadismo, foi a capa que me escondia atrás desta síndrome.
Meus remédios agora são o autoconhecimento, o exercício de relaxamento e a crença em mim mesma.
Já aconteceu neste período sim momentos de grande dor. Mas os relaxantes musculares e minha tentativa de acalmar-me e permitir ao meu corpo se tranquilizar também ajudaram bastante.
Agora é assim. Mudei o rumo, mas o foco continua o mesmo: ser feliz apesar da dor.

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

Recomeçando

O que vem primeiro, o ovo ou a galinha, a dor ou a depressão?
Esta sempre foi uma pergunta difícil pra mim, já que se tornou difícil separá-las, tão próximas sempre andam.
Desta vez foi diferente. Primeiro a dor tornou-se insuportável, mas com o humor estabilizado consegui levar "na boa"um bom tempo. Até que as duas coisas se tornassem uma só novamente.
E agora aqui estou eu, me sentindo péssima, não querendo sair da cama, e com a dor enlouquecedora pulsando em cada centímetro do corpo.
O médico resolveu fazer uma troca de medicação necessária. Adicionou a o tratamento o Gamibital e o Donaren, que até então não havia tomado.
Afastada 7 dias a principio do trabalho para adaptação a medicação e para me tranquilizar um pouco.
Sei que vai passar, que tudo isso é necessário. Logo, só peço força e fé. Sempre.

sábado, 6 de dezembro de 2014

A beleza da vida

O tempo passou sem a medicação e realmente foi um período muito bom. Mas, como já esperava, depois de alguns meses o corpo começou  a acusar a falta da medicação...dor e a maldita depressão.
Como mantenho minhas "antenas" ligadas, logo fui ao médico e voltei a tomar a medicação diária. Desta vez 300mg de Venlafaxina, 20mg de flucetina e 100mg de Amato. O UP foi imediato!
Agora vou entrar em férias e começo uma nova desintoxicação, já a duas semanas sem os remédios. A tontura e naúsea pela falta da química são terríveis mas logo devem passar.
Sinto-me bem, com pouca dor, e muito animada! Procuro a beleza em cada segundo de vida! Vamos ver até quando o corpinho vai se manter bem sem os remédios...
Sei que não é correto interromper uso de medicações por conta própria (e se minha mãe souber disso me mata), mas sinto quando preciso deixar meu corpo ser apenas um corpo. Quando preciso voltar a ter desejo sexual, quando preciso dormir normalmente, quando preciso voltar a sentir vontade de comer.
Então lá vamos para mais uma tentativa!

domingo, 13 de julho de 2014

Redução de medicação

Bom, já faz quase dois meses da última vez que escrevi e estava com uma crise de dor daquelas. Troquei a medicação e nada. Então me "revoltei" e resolvi parar com todas elas, para me desintoxicar por um período pelo menos. Continuei apenas com o Venlafaxin, que é antidepressivo e sei que não posso ficar sem. Comecei também, seguindo indicações, a fazer sessões de hemoterapia, apesar da área médica ser contra. Não sei lhes dizer se é a hemoterapia, a desintoxicação, ou uma luz dos céus, mas estou todo esse tempo praticamente sem dor. Se tomei três relaxantes nestes dois meses foi o muito. Sinto-me disposta e feliz! Então, bola pra frente, porque no fundo, quem sabe da gente é a gente mesmo.

sábado, 31 de maio de 2014

Continuar é preciso

A dor é forte. Demais. Estou numa crise há um mês. Começou com sinais de uma crise como qualquer outra: aquela dor insistente que não passa com Ciclobenzaprina, nem Ultraced, nem Sedilax, nem Tandrilax, nem a junção de todos os "lax" que eu tinha. Ok. Fui fazer Tramol na veia um dia, dois dias, três dias...e a dor voltava no maldito dia seguinte. Morfina. A dor voltou na droga no dia seguinte. Só quem passa por isso sabe o que é abrir o olho, depois de depositar todas suas esperanças na droga mais poderosa das drogas, e ter aquela dor pulsando em cada músculo. Calma. Visita ao reumatologista, aumento de medicação, troca de alguma e a gente sai do consultório com aquela pontinha de esperança que aparece de algum lugar. Talvez pule da gaveta do médico. Tem também a culpa, aquele sentimento de inutilidade, diante do trabalho. Olho para meus pequenos, tão lindos e saltitantes, cheios de vida, precisando de mim, e me vejo em situação de alerta a qualquer movimento, defendendo inconscientemente meu corpo...E choro. Por dentro me sinto dilacerada. Mas sei que vai passar. Sempre passa. Paciência é preciso. Acreditar é preciso.Continuar é preciso. Tento parecer forte. As pessoas não entendem. E nem podem. Mas não resisto à minha mãe, que parece olhar através de mim. No seu abraço me sinto tão pequena e as lágrimas se dão ao direito de rolarem, como rolam agora. E lhe questiono, me sentindo criança de novo : "por que essa dor não vai embora, mãe?". Na sua sabedoria ela responde: "Vai passar. Quando tu menos esperar ela passou". E eu acredito. Porque mãe nunca mente.

sábado, 1 de março de 2014

De volta ao batente

Minhas férias chegaram ao fim,e já estou recebendo meus pitocos novos. Este ano trabalharei novamente com a turma de faixa etária 2 anos, com as mesmas colegas de turma, o que é uma bênção pra mim! Elas me dão a maior força quando não estou bem. Estas semanas tem sido de muito chorinho e colo, como toda adaptação, e de muita dor nos braços e costas. Aguentei a semana toda, porque não tinha como fazer medicação e abandonar as crianças na adaptação, nem tomar muitos remédios, pois o sono iria me matar. Mas na sexta-feira passada tomei dois comprimidos de Tramol pra ver se a dor melhorava, e até melhorou,mas eu fiquei grogue o sábado todo. Esta semana já senti menos e hoje fui fazer uma massagem(#helenatuéumanjo) e como ela usou ventosas, ficou beeeem roxo onde estava mais contraturado (ou seja, as costas inteiras), e tô doloridinha, mas bem relaxada...com a frequência das massagens espero que a dor diminua.

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Dançar sobre a dor

E é isso aí que eu faço e me deixa feliz demais nos dias mais escuros: danço. Há 4 anos a dança de salão entrou na minha vida. Primeiro como um exercício gostoso, atendendo pedidos médicos,depois como um hobby, depois como paixão, e hoje como vício e segunda profissão. Faz um ano que dou aulas de dança, podendo transmitir aos outros o encanto e o poder que a dança tem de deixar a vida da gente melhor. Até hoje não conheci ninguém que dissesse o contrário. Com toda a certeza, se não tivesse a dança na minha vida, eu não sei a quantas crises atrás eu talvez tivesse ficado pelo caminho. DANÇA É VIDA! Experimente você também!!